quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INTANGÍVEIS TRINTA

Felicita os louros do ineditismo

Comemora a chance efervescente

Cativa da vida o sentido contente

Contido na indiscrição do festivo continuísmo

Celebra o amor dos próximos e a alegria cotidiana

Nada abala as convicções da célere verdade humana

Respeita as convenções estabelecidas pela sociedade

Ainda que prevaleçam os valores regidos na tua integridade

Sucinta tuas emoções na vivência que cultivou

Ressabidas as ocasiões em que a dor cicatriz abrandou

Do consumo expiou escape

Despistadas sensações que o conhecimento desandou do entrave

Extraia das tuas passadas o pólen predileto

A fim de unir à maçã de teus olhos

Na mais perfeita harmonia

Provável vez da cabida alegria

Que o elo contundente das vossas mãos

Constituam e célebre união

Abençoada por Deus

E digna de frutos encantados

Sob a égide incontestável da ordem natural

Assimilando nos feixes de luz

Os atributos perduráveis do desejo e do bem-querer

Consentidos no horizonte racional do saber

Que os dias hão de amealhar

Precipício infindável do tempo

Argumento insubstituível da Natureza

Senda inviolável do destino previsto ao homem

Vontade súbita de realizar sonhos em segundos

Num profundo arbítrio das sem-razões

Ressentidas as incertezas concernentes à existência pacífica

Mesmo tendo sido atribuladas todas as hipóteses

Formadoras da consciência e tenacidade

Apregoadoras do poder crítico

Que estimula as percepções e a perspectiva

Da viagem necessária que as vezes pedem ao coração

No passeio, lá da areia na praia as marcas

Das horas perecíveis à saudade

Em que a dúvida tornou-se fortaleza

Na sublime confidência da tristeza

Perdida na doce liturgia do reconhecimento

De si mesmo no espelho ilusório do tempo

Maneiras consideráveis de conduzir vetores e dívidas

Às margens do córrego chamado SENTIMENTO.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sui Generis

No ar o amor

E na dor a existência

De partes agrupadas

Adiante, sem chance para reprises

Culpa de quem?

Nunca saber-se-á

Faltou o mais

Que as escolhas compadecem pela troca.

Vistas difusas, quistas, confusas

Da imperdoável confissão do movimento.

Contínuo convexo de tantos,

Dois que talvez nunca serão unidade...

A vida se despedaça em nuances

Saborosas de esperança.

Perfaz caminhos solventes

Na solidez da solidão.

Conduz minh’alma à descoberta do eu

No sorriso teu que afaga meu pensamento.

Há tanto o nome nunca fora ouvido.

E a flama deixou de arder

Na cicatriz da lembrança

Que já não é mais saudade.

E nas tripas o coração perde força

Despendendo tons do sentido

Na encarecida luz da ambição de cor...

Mesmo que de salteado nada tenha,

Fazendo jus ao tino sutil de pétala

Naquele relicário preso ao antigo porta-retrato

Que agrisalha ao passo do tempo

No compasso das novas sensações,

Sem espaço para reflexões nem desatinos.

O pulso firma o gozo do querer bem

Resvalando nas fontes da paixão submersa

Inesgotável nos confins da emoção

Corre pro abraço, sem pestanejar

Que a felicidade não pára por agora.